quarta-feira, 29 de junho de 2011

A invasão holandesa no Brasil

Entre 1630 e 1654, calvinistas holandeses invadiram nosso território, trazendo na alma sentimentos de ódio ao Catolicismo.

Nos meses de julho e outubro de 1645, esses hereges assassinaram cruelmente 60 pessoas nas localidades de Cunhaú e Uruaçu, no Rio Grande do Norte.

Cunhaú era um engenho de açúcar, em torno do qual formou-se uma vila. No dia 15 de julho de 1645, o delegado holandês Jacó Rabe convocou toda a população para se reunir na igreja e ordenou ao vigário André de Soveral que celebrasse uma Missa. Prevendo o pior, o padre advertiu: aquele que tocasse nele ou no altar ficaria com os braços secos e morreria de modo atroz. Logo depois, os holandeses fecharam as portas da igreja e mataram todos os presentes. Dias após, a maldição se cumpriu: os assassinos ficaram com seus braços ressecados e, em desespero, mataram-se uns aos outros.

No dia 2 de outubro, Jacó Rabe com 200 índios invadiu a aldeia Uruaçu e trucidou várias pessoas, não permitindo que os cadáveres fossem sepultados. Após 15 dias, os parentes foram ao local e encontraram os restos mortais frescos e incorruptos, com o sangue a brilhar como se as vítimas acabassem de ser mortas. Pairava no ar um odor agradável e intenso, que perdurou por muito tempo e à noite. No povoado, os parentes ouviram uma música celestial que provinha do local do sepultamento. Pouco depois, os holandeses, junto com o comandante Jacó Rabe, foram passados a fio de espada.

Transita em Roma, junto à Sagrada Congregação para as Causas dos Santos, um processo de canonização desses 60 mártires de Cunhaú e Uruaçu.

(Revista Catolicismo Outubro de 2003)

Um comentário: