quarta-feira, 2 de junho de 2010

Conjuração contra São Paulo

Paulo, fitando os olhos nos membros do conselho, disse: Irmãos, eu tenho procedido diante de Deus com toda a boa consciência ate o dia de hoje...
Mas Ananias, sumo sacerdote, mandou aos que estavam ao seu lado que lhe batessem na boca.
Então Paulo lhe disse: Deus te ferirá também a ti, hipócrita! Tu estás aí assentado para julgar-me segundo a lei, e contra a lei mandas que eu seja ferido?
Os assistentes disseram: Tu injurias o sumo sacerdote de Deus.
Respondeu Paulo: Não sabia, irmãos, que é o sumo sacerdote. Pois está escrito: Não falarás mal do príncipe do teu povo (Ex 22,28).
Paulo sabia que uma parte do Sinédrio era de saduceus e a outra de fariseus e disse em alta voz.: Irmãos, eu sou fariseu, filho de fariseus. Por causa da minha esperança na ressurreição dos mortos é que sou julgado.
Ao dizer ele estas palavras, houve uma discussão entre os fariseus e os saduceus, e dividiu-se a assembléia.
(Pois os saduceus afirmam não haver ressurreição, nem anjos, nem espíritos, mas os fariseus admitem uma e outra coisa.)
Originou-se, então, grande vozearia. Levantaram-se alguns escribas dos fariseus e contestaram ruidosamente: Não achamos mal algum neste homem. (Quem sabe) se não lhe falou algum espírito ou um anjo...
A discussão fazia-se sempre mais violenta. O tribuno temeu que Paulo fosse despedaçado por eles e mandou aos soldados que descessem, o tirassem do meio deles e o levassem para a cidadela.
A discussão fazia-se sempre mais violenta. O tribuno temeu que Paulo fosse despedaçado por eles e mandou aos soldados que descessem, o tirassem do meio deles e o levassem para a cidadela.
Na noite seguinte, apareceu-lhe o Senhor e lhe disse: Coragem! Deste testemunho de mim em Jerusalém, assim importa também que o dês em Roma.
Quando amanheceu, coligaram-se alguns judeus e juraram com imprecações não comer nem beber nada, enquanto não matassem Paulo.
Eram mais de quarenta as pessoas que fizeram essa conjuração.
Foram apresentar-se aos sumos sacerdotes e aos cidadãos, dizendo: Juramos solenemente nada comer enquanto não matarmos Paulo.
Vós, pois, ide com o conselho requerer do tribuno que o conduza à vossa presença, como se houvésseis de investigar com mais precisão a sua causa; e nós estamos prontos para matá-lo durante o trajeto.
Mas um filho da irmã de Paulo, inteirado da cilada, dirigiu-se à cidadela e o comunicou a Paulo.
(Atos dos Apóstolos, 23, 1-16)

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